Neste “primeiro passo”, foi proposto aos novos candidatos a dirigente que “remassem” à descoberta do escutismo, nas suas diversas componentes: “Qual a missão e as finalidades educativas do escutismo?”, “Qual o papel dos adultos no escutismo?”, “Como é que o escutismo funciona enquanto movimento de Igreja?”, “Qual a sua missão apostólica?”e “Qual o papel do dirigente como educador católico” foram os primeiros “tesouros” procurados por estes navegadores.
Falámos com o diretor de formação do Encontro Inicial, Carlos Solano, que caracterizou o grupo de 48 candidatos como “interessado, entusiasmado e heterogéneo”, qualidades que retifica serem importantes e que enlevam a formação. Referiu ainda que o número de candidatos a dirigente é bastante superior ao do ano passado, estando positivamente surpreendido pela quantidade de pessoas que se disponibilizaram a serem dirigentes. Salientou ainda que este é um aspeto fundamental que assegura a continuidade da associação na Região, sendo acima de tudo, um sinal do quão viva está a Região.
Desde regressos ao escutismo, a novas etapas de vida, a continuidades desejadas e a inesperados desafios, os candidatos mostraram-se alegres e bastante satisfeitos com aquilo que a formação proporcionou. O Samuel do Agr 1123-Benfica do Ribatejo, no movimento desde os 6 anos, fez todo o percurso escutista, de lobito a caminheiro, sem interrupções e é agora noviço a dirigente. Para ele, esta, “é mais uma etapa a superar”, tendo oportunidade desta forma de “dar um bocadinho mais aos pequeninos” , assim como lhe deram e ensinaram tanto a ele. Já o Filipe, do Agr. 52-Santarém, foi escuteiro durante cerca de 14 anos, onde passou pelas 4 secções, tendo saído do movimento após ter realizado a Partida. Passados 3 anos regressa ao ativo, agora como aspirante a dirigente, acima de tudo porque acredita “poder ter um impacto positivo nos jovens da atual sociedade”, estando por isso “pronto a encarar este desafio!”. Já a Sara, do Agr. 65- Torres Novas, tem 24 anos e é aspirante a dirigente, não tendo qualquer percurso escutista ou proximidade prévia com o escutismo. Entrou no movimento este ano, influenciada por amigos, e refere que gostou muito do EI, onde adquiriu vários conhecimentos básicos, mas que desconhecia.
Neste mesmo dia, realizou-se também o encontro de chefes de agrupamento e tutores locais, onde foi apresentado o sistema atual de formação, mais dirigido aos novos chefes de agrupamento ou aos que são tutores locais pela primeira vez. Foram ainda partilhadas as novidades relacionadas com a especificidade da gestão da formação através da plataforma Cordilheira. No final houve espaço para tirar dúvidas e partilhar experiências. Este momento foi por isso de especial importância para que haja um bom acompanhamento dos formandos durante o seu percurso inicial de formação.
Este foi, então, um dia de formação repleto de novas aprendizagens e partilhas, que constituiu o primeiro passo daqueles que iniciam o seu percurso de formação rumo a uma promessa enquanto dirigentes do CNE.