A bonita povoação de Várzea de Pedro Mouro, situada no concelho da Sertã, foi o cenário
escolhido para acolher o “Estaleiro” desta 20.ª edição que recebeu 192 pioneiros, caminheiros
e dirigentes dos agrupamentos 1200 de Quelfes, 722 de Santiago do Cacém, 314 de Moura,
890 de Évora, 752 de Algueirão, 1100 do Parque das Nações, 68 de Salvaterra de Magos, 78
de Arruda dos Vinhos, 1120 do Cartaxo, 52 de Santarém, 1111 da Várzea, 542 do
Entroncamento, 1139 da Golegã, 65 de Torres Novas, 44 de Tomar, 235 da Figueira da Foz e
306 de Santa Comba Dão.
A organização do evento, a cargo dos agrupamentos 44 de Tomar e 542 do Entroncamento,
contou com a preciosa colaboração da União das Freguesias de Cernache do Bonjardim,
Nesperal e Palhais e dos Escuteiros Marítimos da Figueira da Foz e do Parque das Nações
que, com os seus meios, asseguraram a segurança no meio aquático.
Tudo começou na quinta-feira, dia 29 de agosto, com o acolhimento e instalação das
tripulações na zona ribeirinha. À noite e enquanto era projetado um filme alusivo aos 20 anos
desta atividade, os participantes tiveram oportunidade de conviver e partilhar algumas iguarias
gastronómicas trazidas de casa.
Com o nascer do sol de sexta-feira, deu-se início à construção das 15 jangadas que foram
previamente inscritas. Com mais ou menos esforço e criatividade, bons e menos bons materiais
e técnicas, ao final do dia já todas as jangadas estavam prontas a navegar, a mais pequena
com seis e a maior com 18 tripulantes.
Tratando-se de um encontro onde a competição entre tripulações serve de motivação e de
incentivo à imaginação, para a implementação de inovações e técnicas que permitam a criação
de jangadas mais velozes e robustas, realizou-se nessa noite a primeira prova competitiva: a
Regata Noturna, em sistema de contrarrelógio e em plena escuridão.
No sábado realizou-se a Grande Navegação, uma prova dura e extensa, em que foi proposto
às tripulações que realizassem uma navegação até à aldeia de Dornes e regresso, num total de
cerca de 10 km. Ao longo do percurso foram colocados postos que estavam assinalados numa
carta e onde as tripulações eram convidadas a parar para realizar pequenos jogos de água.
Chegada a noite, e já com todas as tripulações de regresso ao Estaleiro, celebrou-se a
Eucaristia ao ar livre seguida do tradicional Fogo de Conselho onde as tripulações expuseram
as situações mais marcantes do que se passou durante o dia.
A manhã do último dia foi reservada para a realização da Regata Final, a prova magna que
colocou lado a lado jangadas e tripulações, num percurso de cerca de 1.000 metros e onde,
finalmente, se pôde constatar quais as jangadas mais rápidas e as tripulações mais ágeis na
manobra e na navegação.
Depois da prova, da desmontagem das jangadas e do retemperador almoço, realizou-se a
cerimónia de encerramento onde foram entregues lembranças a todos os agrupamentos
presentes e prémios às tripulações mais bem classificadas:
Regata Noturna:
1.º “Templários” – Ag. 44 Tomar;
2.º “Camionistas de Água Doce” – Ag. 542 Entroncamento;
3.º “Caíque Bom Sucesso” – Ag. 1200 Quelfes.
Grande Navegação:
1.º “Templários” – Ag. 44 Tomar;
2.º “Flutua Não Afunda” – Ag. 1111 Várzea;
3.º “Caíque Bom Sucesso” – Ag. 1200 Quelfes.
Melhor Jangada:
1.º “Caíque Bom Sucesso” – Ag. 1200 Quelfes;
2.º “Zambujeira” – Ag. 722 Santiago do Cacém;
3.º “Ninfas do Degebe” – Ag. 890 Évora.
Melhor Tripulação:
1.º “Zambujeira” – Ag. 722 Santiago do Cacém;
2.º “752 Descambou” – 752 Algueirão;
3.º “Columba Dom” – Ag. 306 Santa Comba Dão.
Regata Final:
1.º “Templários” – Ag. 44 Tomar;
2.º “Flutua Não Afunda” – Ag. 1111 Várzea;
3.º “Zambujeira” – Ag. 722 Santiago do Cacém.
Após as mensagens de despedida transmitidas pelos chefes dos agrupamentos de Tomar e do
Entroncamento, as tripulações partiram satisfeitas para as suas localidades com a vontade de
regressar no próximo ano para a 21ª edição do DOWN RIVER, já marcada para os dias 4 a 7
de setembro de 2025!